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Hipotireoidismo: uma ocorrência às vezes silenciosa

A tireóide é o nome de uma pequena glândula com "formato de borboleta" que se localiza na região anterior do pescoço, logo abaixo do popularmente conhecido "pomo de Adão", e que produz hormônios, notadamente T3 e T4. Essa glândula possui um importante papel no controle do metabolismo do organismo. Numa linguagem bastante simples, pode-se dizer que os hormônios tireóideos dizem ao corpo quão rápido trabalhar e como usar a energia.

Os hormônios da tireóide têm importância em muitas das funções do organismo:

No hipotireoidismo, uma doença na qual uma menor quantidade dos hormônios da glândula é produzida, uma redução Tiroidegeral do metabolismo gera manifestações como lentidão, intolerância ao frio, fadiga, constipação intestinal ou ganho de peso. Um acúmulo de substâncias chamadas glicosaminoglicanos no espaço entre as células de diversos tecidos do corpo leva ao espessamento da pele e do cabelo, língua grossa e rouquidão. Estas alterações são freqüentemente mais fáceis de reconhecer em pacientes jovens, podendo ser confundidas com o envelhecimento fisiológico nos pacientes idosos.

O hipotireoidismo pode se desenvolver, espontaneamente, semanas ou anos após uma tireoidectomia (cirurgia para ressecção de parte ou de toda a tireóide), devido à ingestão anterior de iodo radioativo para o tratamento de hipertireoidismo (glândula tireóide com excesso de funcionamento), ou à administração de certos medicamentos (por exemplo, litium). É uma doença mais freqüente em mulheres.

O hipotireoidismo ocorre quando o hormônio T4 (tiroxina) cai a níveis importantes o suficiente para que o organismo venha a funcionar de maneira mais lenta. O quadro do hipotireoidismo foi diagnosticado inicialmente no século dezenove, quando, após a remoção cirúrgica de uma glândula tireóide, os médicos observaram um edema nas mãos, na face, nos pés, e ao redor dos olhos.  Chamaram a este quadro de mixedema, e concluíram corretamente que ele era resultante da ausência das substâncias (hormônios) da tireóide, produzidos normalmente pela glândula. O hipotireoidismo é geralmente progressivo e irreversível.  O tratamento, entretanto, é quase sempre totalmente bem sucedido, e permite que um paciente tenha uma vida inteiramente normal.

Um hormônio importante no diagnóstico do hipotireoidismo é o TSH (tirotropina, ou thyroid-stimulating hormone). Este hormônio é secretado pela glândula pituitária e influencia diretamente a produção hormonal da tireóide. Quando os níveis de T4 caem, a glândula pituitária aumenta a secreção do TSH, favorecendo a produção de mais T4 pela tireóide. Assim, quando os níveis de T4 caem, os níveis de TSH se elevam.

O hipotireoidismo subclínico é uma circunstância na qual os níveis de tirotropina (TSH) começaram a aumentar, em resposta alterações no T4. O paciente pode ter poucos sintomas (leve fatiga), ou até mesmo nenhum sintoma.  O hipotireoidismo subclínico é muito comum (afetando aproximadamente 10 milhões de americanos) e é um tópico do debate considerável entre profissionais médicos, porque ainda não está bem definido como abordá-lo. Sabe-se, por exemplo, que o hipotireoidismo subclínico não progride para o distúrbio completo em boa parte das pessoas. Estudos anteriores demonstraram que os riscos para a progressão após 10 anos variaram de 43% a 76%, com o risco sendo maior quando mais elevados forem os níveis de TSH.  Outros fatores, tais como a ocorrência do hipoitioreoidismo subclínico em mulheres mais idosas ou fatores imunes, também predizem um risco elevado para evolução para a doença completa.

Um estudo americano do ano 2000, realizado no estado do Colorado, mostrou que o hipotireoidismo (incluindo os casos subclínicos) seria muito mais comum do que se acreditava até então - cerca de 9,5% dos indivíduos participantes de uma  pesquisa sobre a doença, num total de mais de 25.000 pessoas, apresentaram evidências de tireóide subfuncionante.

"Tanto o hipotiroidismo quanto o hiper são facilmente diagnosticados por meio de dosagens hormonais no sangue e exames de diagnóstico por imagem. Quando tratados, a pessoa pode levar uma vida completamente normal"

No Brasil, não existiam dados amplos epidemiológicos disponíveis acerca da disfunção da glândula tireóide. Agora, um novo estudo realizado pelas Universidades Federal e Estadual do Rio de Janeiro indica que o hipotireoidismo pode ser muito mais freqüente do que acreditava até então na nossa população.
Neste novo estudo, apresentado no 13th International Thyroid Congress, em novembro de 2005, em Buenos Aires, foram analisadas amostras de 1292 mulheres – do total de 1.500 domicílios visitados, de todas as regiões da cidade do Rio de Janeiro. Níveis de TSH elevados foram encontrados em 12,3% das amostras, sendo que a maior parte delas (7,1%) não apresentava sintomas.

Os resultados indicam que no Brasil, como em outros países onde estatísticas semelhantes foram levantadas, uma boa parte de pessoas afetadas pela diminuição da função da glândula tireóide não sabe que é portadora deste tipo de distúrbio. O diagnóstico somente seria possível através da dosagem do TSH e dos hormônios da tireóide no exame de sangue.

Como ela funciona:

  • O hipotálamo (localizado no cérebro, logo acima da hipófise) secreta o hormônio liberador de tireotropina, que faz com que a hipófise (glândula localizada no cérebro) produza o hormônio estimulante da tiroide. Essa substância, como o próprio nome sugere, estimula a tiroide a produzir hormônios, os tiroidianos, chamados T3 e T4.
  • Para produzir esses hormônios, a tiroide precisa captar iodo do organismo – um elemento existente nos alimentos, no sal iodado e na água. Uma vez produzidos, eles são levados pela corrente sanguínea a todas as células do corpo. Eles controlam a velocidade com que as funções químicas do organismo ocorrem (taxa metabólica).
  • À medida que os hormônios são usados, parte do iodo deles volta para a tiroide e é reciclado, para produzir mais hormônios.
  • Distúrbios: quando ela não está funcionando corretamente, pode produzir muito ou pouco hormônio, o que faz com que os sistemas do corpo desacelerem, no primeiro caso (hipotiroidismo) e se acelerem no segundo (hipertiroidismo).

Fonte: 13th International Thyroid Congress, Buenos Aires.

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